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É óbvio (?)

Posted by Érika on May 22, 2014 in A gente aprende

Trabalhar com interpretação e tradução é extremamente enriquecedor. Todos os dias vários universos são inseridos no nosso mundinho pessoal  — ainda que superficialmente — graças à labuta diária, afinal nossa função é tentar compreender o cerne daquela informação e trasladar para um outro idioma da maneira mais completa possível.

Devido a alguns acontecimentos rotineiros mais recentes, me dei conta do quanto sei sobre assuntos diversos, estanques, embora haja uma série de áreas complementares. Fazem parte das tarefas pertinentes ao dia a dia de um profissional autônomo fazer a contabilidade, a cobrança, o gerenciamento de projetos, o marketing pessoal… Ao tradutor ainda cabe ter uma boa noção de informática, pois Murphy anda sempre rondando.

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Visto no site da Michelle Santiago

Até aí tudo bem (ui, ela é espertinha). O que me preocupou, porém, foi notar que me peguei pensando “mas como ele(a) não sabe disso?!” com uma certa frequência.

O óbvio não existe como uma entidade em si. Ele depende das experiências vividas, do conhecimento adquirido. Ou seja, é totalmente variado, afinal todos temos histórias de vida diferentes. É fácil de visualizar quando a gente pensa em uma criança. Os pequenos não acham nada demais ficar esperando coladinhos na porta do elevador. Até alguém abrir a porta com tudo, claro. Às vezes ouço os responsáveis dizendo “Mas menino, tu não tá vendo que a porta vai abrir?”. Não, não está, afinal ele não tem experiência para isso. Ou não tinha. 😀

Claro que é possível trabalhar com a “setorização da obviedade”, digamos assim. Eu explico. Se você for um cozinheiro, é óbvio que conhece um tomate, afinal ele deve integrar o conjunto de itens empregados cotidianamente. Portanto, o “mas como ele(a) não sabe disso?!” parece caber bem, caso alguém alegue desconhecer o fruto do tomateiro. Mas e se fosse um tomate ligúria? E mais: se fosse uma cozinheira do interior ou de algum bairro menos abastado? Pois é.

Para o nosso mercado, saber usar o Word é óbvio (e acho que disso ninguém discorda). Mas será que dá para ir muito além disso? Acredito que não. Apesar do muito que aprendemos, há todo um universo de desconhecimentos lá fora que certamente são obviedades para muitos.

P.S.:
1. Cogitando criar um mantra para ver se internalizo isso.
2. É óbvio que açaí só é bom puro e não combina com granola 😉

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Posted by Érika on May 14, 2012 in Novidades

Voltei.

Muitas coisas se passaram. Até casei. 🙂

Mas agora estou participando de mais um projeto. O blog “Janela Tradutória”. Anos atrás, alguns tradutores amigos começaram um bate-papo coletivo, via Skype. Papo vai, papo vem… Receita vai, receita vem. Termo vai, termo vem… Ixi!

Poderia ficar horas aqui descrevendo tudo o que passa por aquela janela. Porém, em vez de ficar falando, faz mais sentido você ver com seus próprios olhos, não é mesmo? Clique aqui, veja por si mesmo e depois me conte o que achou.

 

O grupo é bem eclético, em diversos sentidos. Há tradutores técnicos, literários, intérpretes, do norte (ha!), sul, sudeste, das mais diversas áreas de atuação. Ou seja, o visual da Janela tende a ser bem abrangente.

 

E, aí, me vi em alguns dilemas:

  1. Mais um projeto. Meu site pessoal quase às moscas. Tradcast parado. Vou inventar mais um projeto? Será que dou conta?
  2. Será que vou ter algo de relevante a dizer? Alguém vai se interessar pelo que resolvi falar? Ok, esse é um dilema velho, mas vale mencionar.
  3. E se eu só falar mais do mesmo? Se acabar caindo sempre naquele mesmo assunto, que todo mundo fala, blá, blázzzZZZzzz…

 

Antes de topa, pensei no assunto — mentira, aceitei de cara e depois que me dei conta desses pequenos dramas — e encontrei algumas respostas:

  1. Quem sabe não acaba me incentivando a botar os outros projetos pra funcionar também? O grupo do Janelão é grande, bastante gente com assunto a contribuir, por isso não terei a pressão de ter que ser “mega inteligente” uma vez por semana :D. Fora que o bate-papo é maneiro, posso até contar com ajuda deles para fazer meu post (sim, já fizeram isso). Fofos! Nhooooin!! <3
  2.  Vou ter que passar a anotar com mais frequência as ideias que tenho quando estou atolada de trabalho (sim, minhas ideias são trolls). Não posso garantir que isso vá tornar meus artigos interessantes, mas pelos menos vou falar o que eu considero relevante. Já é um começo.
  3. Nesse caso, vou precisar me policiar. Afinal, quer coisa mais chata do que gente monotemática? Acaba que vira até aposto…

 

É por isso que dizem que o caos nos faz crescer. No primeiro momento você se desestabiliza, sofre, não sabe se vai conseguir. Depois, se desafia, encara o bicho, e ele vai ficando até bonitinho, praticamente domesticado.

Agora, com licença, vou matar o leão do dia.

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